As principais dores dos clientes na multipropriedade de 2024
Entenda os desafios mais sensíveis enfrentados pelos clientes de alto padrão e descubra como empreendimentos visionários estão transformando dores em diferenciais competitivos.

O mercado de multipropriedade amadureceu significativamente nos últimos anos. Em 2024, já não falamos mais de um conceito novo, mas de um modelo consolidado que movimenta bilhões e atrai empreendedores, investidores e consumidores exigentes.
Porém, com a maturidade, surgem também dores mais sofisticadas por parte do cliente — especialmente do público classe A, que exige não apenas luxo, mas excelência em toda a jornada.
A seguir, reunimos as principais fricções identificadas neste ano e como os empreendimentos podem — e devem — se antecipar para oferecer soluções à altura.
1. Falta de Clareza Contratual e Jurídica
Apesar dos avanços na legislação, muitos clientes ainda enfrentam dificuldade para compreender as nuances legais da multipropriedade. Cláusulas sobre uso, taxas de manutenção, regras de repasse e hereditariedade geram insegurança — especialmente em um público que costuma analisar contratos com lupa.
Solução estratégica: Transparência total, linguagem acessível sem perder a formalidade jurídica e suporte jurídico personalizado no momento da compra. Oferecer uma consultoria jurídica inclusa no processo de venda pode ser um diferencial poderoso.
2. Experiência de Uso Abaixo das Expectativas
Para o público de alto padrão, experiência é tudo. Ambientes mal conservados, gestão de agendamentos confusa e serviços aquém do prometido rapidamente minam a confiança do cliente.
Solução estratégica: Investimento contínuo em hospitalidade de luxo, tecnologia para gestão de reservas (com usabilidade intuitiva), e, sobretudo, treinamento da equipe de atendimento. O cliente classe A quer se sentir esperado, não atendido.
3. Dificuldade de Revenda e Baixa Liquidez
Um dos questionamentos mais frequentes em 2024: “E se eu quiser sair?” Muitos clientes ainda percebem a multipropriedade como um ativo de baixa liquidez e pouca previsibilidade de valorização.
Solução estratégica: Estruturar canais internos de revenda, promover garantias mínimas de recompra ou criar plataformas exclusivas de comercialização secundária pode mitigar esse medo e abrir um novo fluxo de receita para o empreendimento.
4. Desconfiança em relação à gestão do empreendimento
Muitos compradores relatam que, após a aquisição, o relacionamento com o empreendimento se torna distante. A ausência de uma governança clara e comunicação ativa gera sensação de abandono.
Solução estratégica: Criar um modelo de gestão participativa, com conselhos consultivos de proprietários, relatórios financeiros frequentes e canais diretos com os responsáveis pela operação.
5. Percepção de que "é tudo igual"
Com o crescimento do setor, diversos empreendimentos passaram a repetir fórmulas, o que gerou uma “comoditização” da multipropriedade. Para o público classe A, isso é um erro fatal.
Solução estratégica: Apostar em diferenciação real. Não apenas na arquitetura ou localização, mas em conceitos exclusivos de lifestyle, curadoria de experiências, arte, gastronomia, cultura local e acesso a redes globais de intercâmbio.
Oportunidade para os líderes do setor:
Identificar essas dores não é uma crítica — é um convite à evolução. Os empreendimentos que souberem responder a essas demandas não apenas fidelizarão clientes, mas se posicionarão como líderes em um mercado cada vez mais exigente e competitivo.
A multipropriedade de 2024 exige mais do que vender semanas: ela exige vender experiências, confiança e pertencimento.