Entrevista com Cesar Mor: Multipropriedade e as tendências para 2025

26 de março de 2025

Na maioria das residências, a primeira impressão acontece do lado de fora, não de dentro. Repensar os espaços externos é importante para criar uma impressão mais duradoura. 

O mercado imobiliário brasileiro vem passando por transformações significativas, impulsionado por mudanças no comportamento do consumidor e pela busca por modelos mais acessíveis e flexíveis de aquisição. Nesse cenário, a multipropriedade se destaca como uma solução inovadora — e promissora — tanto para consumidores quanto para incorporadores.


Com a Lei nº 13.777/2018, que regulamentou a multipropriedade no Brasil, esse modelo ganhou ainda mais força. E o futuro aponta para uma consolidação crescente desse formato, abrindo novas tendências e oportunidades para os players do setor.



O que é multipropriedade?


A multipropriedade é um modelo em que diversos coproprietários compartilham um mesmo imóvel, cada um com direito de uso por um período determinado do ano. Na prática, é como adquirir uma fração do tempo de uso, com escritura individualizada e segurança jurídica garantida.


Esse modelo é comum em resorts, imóveis em destinos turísticos e empreendimentos de alto padrão, mas começa a ganhar novas aplicações em nichos variados.



Tendências que moldam o futuro da multipropriedade:


1. Diversificação de destinos e formatos


A multipropriedade está deixando de ser exclusividade de grandes polos turísticos. Há uma tendência crescente de empreendimentos em cidades do interior, regiões de campo, termas, e até imóveis urbanos de lazer e descanso.

Além disso, há espaço para formatos mais flexíveis, como:


  • Multipropriedade urbana (segunda residência em cidades grandes);
  • Empreendimentos voltados para home office e workation;
  • Imóveis com experiências temáticas (gastronomia, natureza, esportes radicais).



2. Digitalização e plataformas inteligentes


Ferramentas digitais vêm facilitando a gestão da ocupação, reservas, manutenção e comunicação entre coproprietários. Incorporadores que investem em tecnologia ganham em agilidade e valorizam a experiência do cliente.

Além disso, o uso de tokens imobiliários e blockchain começa a ser estudado para tornar as transações ainda mais seguras e transparentes.



3. Valorização da experiência


Mais do que um imóvel, o consumidor busca experiências memoráveis e serviços personalizados. Os projetos de multipropriedade do futuro terão foco em hospitalidade, conveniência e lifestyle.

Incorporadores que entregarem valor agregado — como serviços de concierge, experiências exclusivas, programas de fidelidade e parcerias com marcas de luxo — sairão na frente.



4. Sustentabilidade como diferencial


Empreendimentos que incorporam soluções sustentáveis (energia solar, reúso de água, construções ecológicas) tendem a ser mais valorizados, especialmente entre as novas gerações de compradores conscientes.


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