Multipropriedade: Estratégias de Sucesso para incorporadores no Mercado Global
Como incorporadores visionários estão expandindo fronteiras e adaptando seus modelos para competir — e vencer — no cenário internacional da multipropriedade.
A multipropriedade é, hoje, um modelo global. De Aspen às Maldivas, passando por Portugal, Caribe, Suíça e Emirados Árabes, o conceito de uso compartilhado de imóveis de alto padrão deixou de ser tendência para se tornar uma realidade consolidada. Para os incorporadores brasileiros, isso representa uma oportunidade — e também um novo campo de competição.
Mas como competir com players internacionais que já dominam o jogo há décadas? A resposta está em estratégia, inovação e adaptação inteligente ao mercado global.
5 Estratégias-Chave para Incorporadores que Querem Ganhar Espaço no Cenário Global da Multipropriedade
1. Adaptação Cultural e Regional do Produto
Modelos replicados não funcionam fora do seu contexto original. O sucesso internacional começa com a localização da experiência: entender os hábitos de consumo, expectativas de serviço e perfis de uso dos públicos-alvo em cada região.
Exemplo prático: Incorporadoras que expandem para o mercado europeu estão ajustando o calendário de uso com base em feriados locais, tradições familiares e até hábitos gastronômicos.
2. Parcerias com Operadoras Globais de Hospitalidade
Grandes nomes do setor hoteleiro internacional estão investindo ou operando empreendimentos de multipropriedade. Hilton Grand Vacations, Marriott Vacation Club e Accor são exemplos. Para incorporadoras brasileiras, se aliar a essas marcas é uma via rápida para reputação, qualidade operacional e acesso a um público global.
Dica estratégica: Avalie modelos de co-branding, franquias operacionais ou gestão terceirizada com selo internacional.
3. Financiamento Internacional e Estrutura Legal Globalizada
Clientes internacionais exigem modelos jurídicos sólidos e mecanismos de financiamento flexíveis, com aceitação de moedas diversas e garantias transnacionais.
Solução recomendada: Estruturar SPEs internacionais, contratar consultorias jurídicas especializadas em direito imobiliário global e oferecer modelos financeiros multimoeda, com transparência cambial e facilidades de pagamento.
4. Experiência Omnichannel e Gestão Tecnológica de Padrão Global
A jornada digital do cliente de multipropriedade precisa ser fluida, intuitiva e multilíngue — do primeiro contato à reserva do uso. Isso inclui CRM, apps de gestão de semanas, suporte ao cliente, contratos digitais e até integração com NFTs e blockchain, em mercados mais avançados.
Benchmarking: Startups como a Pacaso (EUA) e a Kocomo (LatAm) estão liderando em tecnologia de co-ownership com usabilidade de padrão Silicon Valley.
5. Narrativa Global com Identidade Local
Clientes globais compram sonhos, mas valorizam autenticidade. Incorporadores de sucesso sabem comunicar não só o luxo do imóvel, mas a alma da região — cultura, gastronomia, natureza, estilo de vida. A marca do empreendimento precisa contar uma história local com apelo internacional.
Exemplo eficaz: Campanhas que unem storytelling visual com influenciadores regionais e conteúdo multilíngue, criando uma marca de lifestyle, não apenas um produto imobiliário.
O Brasil no Radar da Multipropriedade Global
O Brasil tem ativos únicos: natureza exuberante, destinos em ascensão, preços competitivos e uma crescente maturidade jurídica no modelo de multipropriedade. Incorporadores que dominarem o jogo estratégico poderão posicionar suas marcas como players exportadores de experiências premium, conquistando públicos na América do Norte, Europa e Oriente Médio.
Outros Artigos
